EXAMES ULTRASSONOGRÁFICOS

A ultrassonografia (ou ecografia) é um método diagnóstico que aproveita o eco produzido pelo som para gerar imagens em tempo real utilizando as reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo.

Exame Ginecológico

Exame Obstétrico

Exames de Medicina Interna

US Pélvico (Transabdominal)

Indicado para se estudar os órgãos no interior da pelve técnica em que o transdutor é colocado em cima da pele do abdome inferior, para visualizar útero, ovário e trompas.

Preparação da paciente: Bexiga cheia e trazer exames anteriores.

US Transvaginal

Ultrassom pélvico e transvaginal: É utilizado para se observar os órgãos no interior da pelve, técnica em que se coloca o transdutor dentro da vagina (útero, ovário e trompas, além das artérias e veias da região) e também para acompanhar o desenvolvimento da gestação. O exame permite identificar possíveis alterações no útero como miomas, pólipos, má formações e alterações endometriais. Nos ovários, é possível ver  cistos, endometriomas e outros tumores, além de permitir a avaliação da reserva folicular através da contagem de folículos antrais. Nas tubas uterinas, permite identificar a possível existência de liquido (hidrosalpinge). Em algumas situações, ajuda na suspeita de endometriose pélvica.

Após os 50 anos aumenta a incidência de doenças malignas de endométrio e de ovário, e o ultrassom realizado por profissional experiente pode diagnosticar estas doenças numa fase inicial, aumentando a possibilidade de cura ou sobrevida e qualidade de vida melhores.

Preparação da paciente:

  • Dependendo da história da paciente, o médico poderá ou não recomendar o preparo. Essa técnica não pode ser usada em pacientes que ainda não tiveram relação sexual).
  • Não estar menstruada (exceto nos casos em que a indicação do exame é exatamente o sangramento vaginal);
  • Trazer exames anteriores.
Controle de Ovulação

É um exame para avaliação da pelve que usa a mesma técnica do ultrassom transvaginal convencional, com o objetivo de acompanhar as alterações ovarianas e uterinas relacionadas a ovulação.

A ultrassonografia para controle de ovulação está indicada principalmente para as pacientes que utilizam medicamentos indutores ou mesmo para aumentar as chances de gestação em ciclos espontâneos. Serão necessários 3 a 4 exames para completar o rastreamento, iniciados próximo ao 10o dia do ciclo menstrual. O médico agendará os exames de acordo com o que for analisado no exame.

Ultrassom das Mamas

Analisa a glândula para verificar a presença de nódulos e cistos na mama. Comumente usado como um exame para rastreamento de nódulo em pacientes em idade reprodutiva, que apresentem mamas mais densas.

Nas pacientes menopausadas sua principal indicação é avaliar nódulos vistos nas mamografias. Este exame pode definir qual a característica deste nódulo, se o seu componente é sólido ou líquido. Caso haja suspeita de malignidade pode também guiar a punção, que definirá a conduta

Preparação da paciente: Trazer exames anteriores

Ultrassom Obstétrico Transvaginal – 1º trimestre (Viabilidade embrionária-fetal)

Período para realização: entre a 5ª e a 10ª semana de gestação.

Este exame pode ser realizado por via abdominal e/ou transvaginal (preferencialmente), quando o “bebê” é ainda chamado de embrião.

Tem por objetivo determinar o número de embriões e se a gravidez está progredindo normalmente dentro do útero. Este exame é especialmente útil nos casos onde a gestante apresentou sangramento e em situações onde a mulher teve aborto ou gravidez prévia nas trompas.

O exame realizado nesta fase permite determinar a idade gestacional com boa precisão.

Ultrassom Obstétrico Morfológico do 1º trimestre

Período para realização: 11 a 13 semanas e 6 dias

O exame pode ser realizado por via transabdominal, mas em alguns casos pode ser necessário a complementação por via transvaginal.

Seu principal objetivo é a identificação precoce de malformações fetais e o rastreamento de síndromes cromossômicas, em particular a Síndrome de Down.

No exame medimos o tamanho do feto e calculamos a data provável de parto, calculamos o risco de Síndrome de Down e outras anomalias cromossômicas, através do estudo da anatomia fetal, medida da translucência nucal, avaliação da presença do osso nasal e do fluxo de sangue através do ducto venoso, da válvula tricúspide.

Este exame é indicado para todas as gestantes, porém com atenção especial àquelas com: História prévia de doença genética ou cromossômica na família, perdas fetais de repetição e história prévia de malformações fetais.

Etapas do exame:

  • Avaliação da idade gestacional e morfologia fetal (crânio, cérebro, face, coluna, coração, parede abdominal, estômago, rins, bexiga, membros).
  • Avaliação da Translucência Nucal: é a medida de um pequeno espaço líquido presente na nuca de todos os fetos, localizada entre a pele e a coluna. Quando aumentada, existe maior risco de síndromes, doenças cardíacas e esqueléticas.
  • Avaliação do Osso Nasal: não é identificado nesta fase da gestação em aproximadamente 60% dos fetos com Síndrome de Down.
  • Avaliação do ducto venoso e refluxo na valva tricúspide: Quando presente tem demonstrado correlação com alterações cromossômicas e/ou cardiopatias congênitas.

Considerações importantes

A grande maioria dos bebês é normal, mesmo naqueles com translucência nucal aumentada, com a ressalva de que quanto maior a medida da translucência, maior o risco do feto ter problemas.

Entretanto, toda a mulher, qualquer que seja a sua idade, possui um risco de conceber um bebê com algum tipo de problema. Em alguns casos, o problema é decorrente de uma anomalia cromossômica, tal como a Síndrome de Down, onde existe um cromossomo 21 (ou parte dele) a mais.

A única maneira de confirmar se o feto tem ou não uma anomalia cromossômica é através do estudo do mapa cromossômico (cariótipo), o qual durante a gestação é obtido através das pela realização de exames invasivos, tais como a Biópsia de Vilosidades Coriônicas ou a Amniocentese. Porém, tais testes apresentam um risco de abortamento de aproximadamente 1%.

Cabe ao casal, com a orientação de seu obstetra, decidir se o risco do seu bebê apresentar uma anomalia cromossômica é grande o suficiente para realizar o teste invasivo. Como normativa protocolar, sugerimos o teste invasivo quando o risco para Síndrome de Down é igual ou maior que uma chance em 100.

 
Cálculo de risco de Síndrome de Down

O período mais preciso para calcular o risco para síndrome de Down é entre a 11ª e a 13ª semana de gestação e o risco depende:

  • Da idade materna;
  • Da quantidade de líquido presente atrás do pescoço do feto (Translucência Nucal);
  • Da presença ou ausência do osso nasal;
  • Da regurgitação da válvula tricúspide do coração fetal;
  • Da alteração do fluxo do ducto venoso;
  • Da presença ou ausência de malformações fetais;

Após a realização do ultrassom e com base nos fatores acima, o risco estimado para síndrome de Down será discutido com o casal. Somente o casal pode então decidir se deseja realizar outros exames laboratoriais. Independente da sua decisão é recomendada a realização do ultrassom morfológico de 2º trimestre para a pesquisa do desenvolvimento anatômico fetal.

Os parâmetros acima citados têm como principal objetivo o rastreamento de doenças cromossômicas (por exemplo, Síndrome de Down), problemas cardíacos e outras alterações da morfologia fetal. Através da análise destes parâmetros, associado à idade materna, pode-se obter o risco específico para cada paciente em relação a doenças cromossômicas (por meio de um programa de rastreamento fornecido pela Fetal Medicine Foundation-Londres, sendo este capaz de detectar até 90% dos fetos com Síndrome de Down).

Ultrassom obstétrico

Exame de rotina, para avaliação do crescimento e desenvolvimento fetal, bem como para avaliação da placenta e do volume de líquido amniótico. Seu objetivo é avaliar o crescimento do feto a partir do seu peso Trata-se de um exame importante, principalmente nos casos em que o crescimento fetal está comprometido onde procuramos identificar as possíveis causas de restrição do crescimento.

Ultrassom Morfológico do 2º trimestre

Período para realização: Entre 20 e 24 semanas de gestação, sendo que o exame pode ser realizado em idades gestacionais mais precoces ou mais tardias nos casos de malformação fetal.

Este é um exame do feto realizado idealmente e inclui avaliação estrutural detalhada do feto, para rastreio de malformações e de marcadores de risco fetal (características da anatomia fetal que indicam maior risco de o bebê ser portador de anomalia genética).

Nesta fase, é possível identificar aproximadamente 85% das anormalidades fetais, considerando as limitações técnicas inerentes ao método, e por isto, hoje em dia é considerado o principal exame da gestação.

Durante o exame cada parte do corpo é examinada com especial atenção na avaliação do cérebro, face, coluna, coração, estômago, intestino, rins e membros. Determinamos a posição da placenta, o volume de líquido amniótico e medimos o crescimento fetal. O estudo Dopplerfluxométrico da Artéria uterina e comprimento do colo uterino pode ser realizado quando indicado.

Este exame é indicado para gestantes de risco para malformação fetal ou cromossomopatia, como exemplo: antecedente pessoal ou familiar de malformação ou anomalia cromossômica, doenças maternas (diabetes mellitus, hipertensão ou infecção na vigência da gestação), uso de drogas com potencial teratogênico, alterações detectadas na consulta de pré natal ou ao exame de ultra-som de rotina (alterações do líquido amniótico, restrição de crescimento intra uterino e alterações morfológicas fetais).

Hoje, objetivando-se colocar à disposição da gestante todas as técnicas disponíveis para detecção precoce de alterações fetais, têm sido indicado como exame de rotina (mesmo nas pacientes de baixo risco)

Trata-se da avaliação minuciosa de todos os órgãos e sistemas fetais. Associa-se também o estudo da placenta, do volume de líquido amniótico e do crescimento fetal.

Avaliação do Doppler das artérias uterinas para detecção do risco para Pré-eclâmpsia (Doença Hipertensiva da Gestação) e/ou RCIU (Restrição de Crescimento Intraútero)

A alteração da artéria uterina na 22ª semana (aumento de resistência e/ou a presença de incisura) indica um grupo de risco que apresenta chance 6 vezes maior de desenvolver pré-eclâmpsia e 3,5 vezes maior para restrição de crescimento intra-útero.

Avaliação do comprimento do colo uterino

O ultrassom endovaginal realizado entre 19 e 24 semanas para medir o colo uterino e pode ser feito em conjunto com o ultrassom morfológico.

O exame tem por objetivo identificar mulheres com maior risco de trabalho de parto prematuro extremo (menos de 32 semanas de gestação) através da medida do comprimento do colo uterino. Especialmente indicado para mulheres com gravidez múltipla, parto prematuro prévio, anormalidades do útero ou cirurgia prévia do colo uterino. Trata-se do melhor método para identificar um grupo de mulheres de alto risco (colo entre 10 e 20 mm – aproximadamente 2%) que podem se beneficiar do uso profilático de progesterona na prevenção do Trabalho de Parto Prematuro.

Ultrassom obstétrico com dopplerfluxometria a cores

Pode ser realizado em qualquer idade gestacional. No exame ultrassonográfico obstétrico é realizada a biometria fetal (medidas do feto) para avaliação do seu crescimento (peso e estatura) verificando se estão corretos para a idade gestacional correspondente; avaliação da quantidade de líquido amniótico e avaliação global da placenta.

O exame dopplerfluxométrico é uma tecnologia que nos permite estudar a circulação através da mensuração dos fluxos nos compartimentos materno (artérias uterinas), placentário (artérias umbilicais) e fetal (artéria cerebral média). Através deste exame é possível identificar a existência de algumas doenças maternas e da placenta, o que podem acarretar prejuízo a vitalidade fetal, assegurando assim o bem estar do bebê. Identifica principalmente mulheres com maior risco de desenvolver hipertensão arterial ou restrição do crescimento fetal.

Artérias uterinas: Avaliação do fluxo materno para a placenta. Desde o princípio da gestação inicia-se um processo de invasão de células placentárias para o interior das artérias uterinas, com o objetivo de facilitar a passagem de sangue da mãe para a placenta. Esse processo será concluído por volta da 26ª semana. Quando esse processo não se dá por completo, verifica-se aumento da resistência ao fluxo sanguíneo nestes vasos e, nestes casos, existe um risco 6 vezes maior para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia e 3,5 vezes maior para restrição de crescimento intrauterino (fetos pequenos).

Artérias umbilicais: Avaliação da função placentária. Analisa as condições de fluxo no cordão umbilical. Quando ocorre obstrução de pequenos vasos placentários existe uma maior resistência à passagem do fluxo de sangue no cordão, percebida ao estudo Doppler.

Artéria cerebral: Reflete a oxigenação fetal. O neurônio (célula do tecido cerebral) é extremamente sensível a alterações de fluxo. Em condições onde exista prejuízo da circulação para o bebê haverá uma dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais para melhorar a oferta de oxigênio.

Principais indicações:

  • No 1º Trimestre

Rastreamento para pré-eclâmpsia e restrição de crescimento intraútero (Doppler das artérias uterinas entre 11 e 14 semanas e entre 22 e 24 semanas).

  • No 2º e 3º Trimestres

Redução do volume de líquido amniótico diagnosticado ao ultrassom.

Suspeita de restrição de crescimento intra-útero (altura uterina abaixo do esperado e redução ou baixo ganho de peso materno).

Amadurecimento precoce da placenta (senescência placentária).

Hipertensão arterial crônica.

Doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) ou pré-eclâmpsia.

Alterações imunológicas e trombofilias (Ex: síndrome anticorpo antifosfolípide).

Avaliação da vitalidade fetal no 3º trimestre

Rastreamento de anemia fetal em casos de Isoimunização Rh (Doppler da artéria cerebral média).

Na vigência de intercorrências que possam colocar em risco a saúde e bem-estar do bebê, a avaliação Dopplervelocimétrica permite diagnosticar precocemente sinais de hipóxia fetal (má oxigenação), auxiliando a estabelecer o melhor momento para o parto.

Perfil Biofísico Fetal

Exame consagrado na avaliação da vitalidade fetal é realizado no 2º e 3º trimestre da gestação.

O objetivo deste exame é avaliar o crescimento e a saúde do feto através de:

Medida do tamanho da cabeça, abdome e ossos fetais para estimar o peso

Exame dos movimentos do fetos

Avaliação da posição e aparência placentária

Medida do volume de líquido amniótico

Medida do fluxo sangüíneo placentário e fetal através do Doppler colorido

Este exame é indicado sempre que seu obstetra achar necessário o estudo do bem-estar fetal. Alguns médicos solicitam para todas as mulheres enquanto outros preferem solicitar nos casos onde a mulher apresentou anteriormente complicações da gravidez como pré-eclâmpsia, restrição do crescimento fetal, diabetes, natimorto e para as gestantes que durante a gravidez atual apresentem algum problema.

Ultrassom Tridimensional em tempo real – 4D

O exame tridimensional em tempo real (4D) é um exame de última geração que mostra imagens tridimensionais do bebê em movimento. O ultrassom 4D utiliza um recurso técnico que permite associar o movimento à imagem tridimensional (3D); ou seja, o 3D seria uma foto e o 4D, um filme. Esse recurso costuma ser utilizado nos exames realizados na clínica a partir da 10ª e até a 32ª – 34ª semana de gestação.

O exame fornece detalhes para caracterização de anomalias fetais e permite a visão bem definida de estruturas como mãos, pés, orelhas, nariz, boca e ainda a fisionomia e até expressões faciais do feto, o que facilita o entendimento do exame de ultrassonografia pelos pais.

O exame pode ser realizado em qualquer época da gestação, mas a época ideal para realização deste exame é entre 28 e 32 semanas de gestação, o que permite melhor visualização da face fetal. No primeiro e início do segundo trimestre a visão fetal será mais generalizada (visão de todo feto em movimento). A partir da metade do segundo até o terceiro trimestre a visão será mais voltada para face fetal e, quando possível, das extremidades e genitália.

Vantagens (ponto de vista médico):

Análise de pequenos defeitos de superfície;

Determinação volumétrica de órgãos;

Exame em 3D do esqueleto fetal, em particular da face e extremidades;

Modo Multiplanar – (cortes tomográficos em qualquer plano);

Compreensão das imagens por profissionais de outras especialidades.

Limitações

A obtenção de boas imagens da superfície fetal depende principalmente da presença suficiente de líquido amniótico frente à região de interesse;

A superposição de estruturas como placenta, cordão umbilical, ou extremidades fetais (mãos, pés), bem como o posicionamento fetal inadequado podem dificultar a visão da superfície e a foto da face fetal (o “rostinho do bebê”) pode não ser obtida.

Durante o exame, os movimentos fetais exagerados traduzem-se em artefatos de movimentos que podem degradar a qualidade da imagem.

Outra limitação na obtenção de uma boa imagem de 3D/4D é a  presença de cirurgias abdominais prévias e o excesso de peso materno.

Ecocardiografia Fetal

Período para realização: O exame pode ser realizado desde o início do segundo trimestre até o final da gestação, sendo o período ideal, entre 24 a 28 semanas.

Esse exame consiste em uma ecografia exclusiva para analisar o coração do feto. Por meio desse procedimento, é possível obter detalhes minuciosos da anatomia, função e hemodinâmica do coração fetal. Este exame é particularmente indicado para mulheres com história familiar de cardiopatia ou que tiveram medida de translucência nucal aumentada no exame realizado entre 11 e 14 semanas.

Este é um exame importante para rastrear o risco para Síndrome de Down já que vários bebês com esta síndrome tem anormalidades cardíacas.

Principais indicações

As indicações para a realização da ecocardiografia fetal podem ser subdivididas em maternas, fetais e familiares.

Indicações Maternas: mãe com cardiopatia congênita; portadora de Diabetes Mellitus, colagenoses; uso de drogas teratogênicas (lítio, anfetaminas, álcool); uso de antiinflamatórios e vasoconstrictores nasais; infecção viral (rubéola, citomegalovírus); fertilização in vitro.

Indicações Fetais: suspeita de malformação cardíaca no exame obstétrico de rotina; outras malformações congênitas; cromossomopatias; translucência nucal aumentada no primeiro trimestre; hidropisia; presença de arritmias; gestação múltipla, restrição de crescimento intraútero

Indicações Familiares: pai ou irmãos com cardiopatia congênita; história familiar de síndromes mendelianas (Noonan, Marfan, esclerose tuberosa, DiGeorge).

Ultrassom de abdome

Permite a avaliação do fígado, vesícula biliar, aorta, pâncreas e rins.

As principais indicações são na detecção de cálculos renais e da vesícula biliar, além de nódulos benignos ou cistos do fígado (o mais comum é o hemangioma) e dos rins.

Pacientes com alterações digestivas ou dores abdominais a esclarecer tem indicação de realizar um ultrassom de abdome total para rastreamento.

Nos casos de cálculos renais pode-se dimensioná-los e determinar a sua localização, permitindo ao clínico definir se há necessidade de tratamentos mais complexos, como por exemplo, a litotripsia (fragmentação dos cálculos com ondas de choque).

Também é possível visualizar e, eventualmente, diagnosticar doenças do trato digestivo (estomago, intestino, apêndice etc.), mas na maior parte dos casos será necessário um exame complementar especifico, como por exemplo, colonoscopia e endoscopia digestiva alta para definir o diagnóstico e tratamento.

Preparo:

6 horas de jejum;
bexiga bem cheia (ingerir 5 copos de água 1 hora antes do exame e não ir ao banheiro neste período).

US da Tireóide

Nódulos de tiróide são muito comuns e afetam mais frequentemente as mulheres (cerca de 10%). Na maior parte dos casos são benignos, mas existem também os malignos, que se diagnosticados e tratados adequadamente são totalmente curáveis. Esses nódulos malignos não afetam a função da glândula, portanto os exames de sangue não ajudam a diagnosticá-los.

Exceto nos casos em que os nódulos são palpáveis, não é possível predizer clinicamente se a paciente possui um nódulo tiroideano. Com a ultrassonografia da tiróide é possível identificar estas alterações e, se houver algum nódulo suspeito, usa-se o ultrassom para dirigir uma punção aspirativa com agulha fina, que definirá se há ou não necessidade de cirurgia.

Também se pode utilizar o ultrassom para avaliar as doenças difusas que, em alguns casos, causam hipotiroidismo (tiroidite de Hashimoto) ou hipertiroidismo (Doença de Graves).

 
Controle de Ovulação

É um exame para avaliação da pelve que usa a mesma técnica do ultrassom transvaginal convencional, com o objetivo de acompanhar as alterações ovarianas e uterinas relacionadas a ovulação.

A ultrassonografia para controle de ovulação está indicada principalmente para as pacientes que utilizam medicamentos indutores ou mesmo para aumentar as chances de gestação em ciclos espontâneos. Serão necessários 3 a 4 exames para completar o rastreamento, iniciados próximo ao 10o dia do ciclo menstrual. O médico agendará os exames de acordo com o que for analisado no exame.