GINECOLOGIA

O Ginecologista é uma especialidade médica, clínica e cirúrgica, voltado para a saúde da mulher. Na consulta o médico tem a oportunidade de atuar de forma preventiva e curativa buscando o bem estar físico e emocional de suas pacientes.

Na consulta o médico conversa com a paciente, faz o exame físico (pode-se incluir a Colposcopia e ultrassom se necessários), solicita exames (que julgar prudente) e orienta a paciente sobre sua patologia, possíveis tratamentos ou simplesmente sobre as medidas preventivas que podem ser adotadas no caso da paciente estar em boas condições clínicas.

Consulta

Exames

Procedimentos

Consulta Ginecológica

O Ginecologista é uma especialidade médica, clínica e cirúrgica, voltado para a saúde da mulher. Na consulta o médico tem a oportunidade de atuar de forma preventiva e curativa buscando o bem estar físico e emocional de suas pacientes.

Na consulta o médico conversa com a paciente, faz o exame físico (pode-se incluir a Colposcopia e ultrassom se necessários), solicita exames (que julgar prudente) e orienta a paciente sobre sua patologia, possíveis tratamentos ou simplesmente sobre as medidas preventivas que podem ser adotadas no caso da paciente estar em boas condições clínicas.

Preventivo

Preventivo, exame citológico, exame colpocitológico, citologia oncótica são sinônimos.
Trata-se de uma maneira de examinar células coletadas do colo do útero. O objetivo principal do exame é detectar o câncer de colo de útero em estágio precoce ou anormalidades nas células que podem estar associadas ao desenvolvimento deste tipo de tumor.

Ele também pode encontrar condições não-cancerígenas, como infecções viróticas no colo do útero, tais como verrugas genitais causadas pelo HPV (papilomavírus humano) e herpes, infecções vaginais causadas por fungos, como a candidíase ou por bactérias, como o Trichonomas vaginalis. O exame também pode dar informações sobre os níveis hormonais, principalmente estrogênio e progesterona.

Quem deve fazer este exame?

  • É recomendado para todas as mulheres sexualmente ativas, pelo menos três anos após o início da vida sexual ativa e não mais que 21-25 anos de idade.
  • Mulheres com 65 anos ou mais, cujos últimos 3 testes foram normais, não precisam mais exames de prevenção. 
  • Mulheres que fizeram histerectomia (retirada do útero) por motivos que não o câncer, também não precisam mais fazê-lo.

Preparo para o exame

Pode ser feito em qualquer período do ciclo menstrual, menos na menstruação.
Deve ser evitado o uso de cremes, duchas, tampões  e relações sexuais por  pelo menos 48 horas anteriores ao exame. 

Como é feito o procedimento

É um exame bastante simples. A mulher fica na posição ginecológica (deitada, com os joelhos dobrados e as pernas afastadas), o médico introduz um espéculo na vagina, retira material do orifício do colo do útero e da parede vaginal e encaminha para análise em laboratório de citopatologia.
Não há dor durante o exame, algumas mulheres sentem um leve desconforto. É importante manter-se relaxada durante o procedimento para facilitar a introdução do espéculo.

O que esperar após a realização do exame?

Se o resultado mostrar células normais, não é necessário nenhum tratamento. Caso haja alguma infecção, o ginecologista irá orientar um tratamento específico. Se as células apresentarem alguma alteração, poderão ser necessários outros exames, como, por exemplo, uma colposcopia. Converse com o seu médico sobre esta necessidade. Como é coletado material do colo do útero, às vezes pode ocorrer um leve sangramento no local. A presença de dor ou a manutenção do sangramento deve ser prontamente comunicada ao ginecologista.

Colposcopia

A colposcopia é uma técnica diagnóstica médica para avaliar o colo do útero, e os tecidos da vagina e vulva por via de um instrumento que amplia e ilumina estas estruturas.

A fase inicial deste exame é realizado de maneira semelhante à coleta do Papanicolau. Posteriormente, quando o colo do útero estiver aberto, aplica uma solução de 3% a 5% de ácido acético e uma solução de iodo no colo do útero. Passado um minuto, as lesões pré-cancerosas aparecem tomando uma cor esbranquiçada, podendo ser vistas através do colposcópio.

Cauterização vulvar e do colo uterino

A “ferida do colo uterino” e a Cauterização

O nome científico para a ferida no colo do útero é ectopia cervical ou ectrópio. A ectopia é um tecido saudável, porém mais delicado e, portanto, tem mais chances de adoecer.

O colo do útero é a parte do útero que vemos na vagina quando realizamos a coleta de Papanicolau. A parte externa do colo, que é a que vemos quando introduzimos o aparelho espéculo (bico de pato) é revestida por um tipo de tecido mais resistente. A parte interna, que reveste o canal endocervical, vai da vagina até a cavidade do útero (é por esse canal que transitam os espermatozoides) e é coberta por um tecido mais delicado.

Quando uma parte da pele que reveste o canal endocervical se expõe ao meio vaginal – como se essa pele se invertesse – ocorre o que nós médicos chamamos de ectopia ou ectrópio e alguns ainda insistem em chamar de “feridinha”, o que acaba por confundir as mulheres. O ectrópio é saudável, mas tem uma aparência avermelhada.

As “feridas’ do colo uterino normalmente, não possui sintomas, mas, em alguns casos podem apresentar sangramento durante o sexo, corrimento e dor no baixo ventre, gerando a necessidade de cauterização do colo uterino. Outra condição que indica e cauterização é a presença do vírus do HPV, tendo em vista o risco de “virar câncer”. Nesses casos, a doença maligna deve ser excluída antes de iniciar qualquer tratamento através de colposcopia e biópsia. Uma indicação precisa de cauterização do colo uterino de acordo com a Sociedade Americana de Colposcopia e Patologia Cervical são os casos em que há a chamada lesão de baixo grau causada por HPV ou NIC 1, que persiste após dois anos de acompanhamento.

E para acabar com essas feridas, é indicada a cauterização do útero. Neste procedimento, o ginecologista utiliza um aparelho para queimar as lesões no colo do útero, permitindo que novas células saudáveis se desenvolvam no local afetado.

Como é feita a cauterização

A cauterização do colo do útero é feito de forma semelhante ao papanicolau e, por isso, a mulher deve retirar a roupa abaixo da cintura e ficar deitada na maca do ginecologista, com as pernas ligeiramente afastadas, para permitir a introdução de um objeto que mantém o canal vaginal aberto e que é chamado de espéculo. Depois disto o ginecologista realiza o procedimento de acordo com a técnica escolhida.

Técnicas de Cauterização do colo uterino

. Há diversas técnicas que podem ser utilizadas para realizar uma cauterização, algumas mais invasivas do que outras. A escolha da técnica dependerá de diversos fatores e deve ser considerada individualmente de acordo com a avaliação médica. Entra as opções disponíveis temos:

  • Eletrocautério ou criocauterização

Métodos como eletrocautério ou criocauterização também são eficazes, porém são mais invasivos – podendo resultar em corrimento vaginal abundante por algumas semanas.

  • Cauterização química

Outra alternativa é a cauterização química, feita por meio de agentes químicos, como cremes, ácidos, géis, comprimidos ou óvulos supositório.

  • Laser

A cauterização a laser é uma das mais conhecidas e costuma ser bastante utilizada devido a precisão com que é possível queimar o tecido comprometido. Entretanto, apesar da precisão, um dos riscos que a técnica apresenta é de afetar tecidos saudáveis.

Cuidados antes da cauterização do útero

Para realizar o procedimento não é necessária uma preparação por parte da paciente. Entretanto, a mulher não deve estar menstruada nem apresentar infecção vaginal ao realizar a cauterização.

Se houver corrimentos pruriginosos, com odor fétido, ardência e irritabilidade vaginal, é preciso realizar uma avaliação médica e tratamento antes da cauterização. Uma anestesia local é aplicada para que a paciente não sinta dor durante o procedimento. Após sua realização, deve-se evitar ter relação sexual, fazer duchas vaginais e utilizar absorventes íntimos.

Recuperação

Durante a recuperação da cauterização do colo uterino é importante saber que:

  • Podem surgir câimbras abdominais nas primeiras 2 horas após o procedimento;
  • Podem acontecer pequenos sangramentos e corrimentos até 6 semanas após a cauterização;
  • Deve-se evitar contato íntimo, evitar banhos de mar e de piscina, ou utilizar tampões até que os sangramentos desapareçam;

Nos casos em que a mulher apresenta muitas câimbras abdominais após a cauterização, o médico pode receitar analgésicos.

Quando ir no médico. Depois do procedimento é recomendado procurar o ginecologista quando surgir:

  • Febre acima de 30ª;
  • Corrimento com cheiro fétido;
  • Aumento do sangramento;
  • Cansaço excessivo;
  • Vermelhidão na região genital.

Estes sintomas podem indicar o desenvolvimento de uma infecção ou hemorragia e, por isso, deve-se ir imediatamente ao hospital para iniciar o tratamento adequado e evitar o desenvolvimento de complicações graves

Cirurgia Ginecológica

A Ginecologia é uma especialidade Clinico-cirúrgica. Portanto, o médico especialista, com titulação comprovada, possui esta competência.

O tratamento cirúrgico é uma alternativa para casos onde o tratamento clínico (com medicamentos) não resolve o problema.

Existem várias cirurgias nesta área, sendo as mais comuns, a retirada do útero (histerectomia), a retirada dos ovários (ooforectomia), das trompas (salpingectomia), correção de perda urinária (realizado utilizando várias técnicas), a cirurgia da correção de defeitos da parede vaginal anterior e posterior (popularmente conhecido como “períneo” no meio não médico), bem como a cirurgia do colo uterino (nos casos de câncer ou pré-câncer).

Cada cirurgia tem uma indicação e forma de execução específica e deve ser discutida na consulta. Neste momento, a paciente tira dúvidas, obtem maiores informações sobre o método e toma a decisão que melhor convir ao caso em questão, juntamente com seu médico.

A Dra. Gláucia realiza cirurgias no Hospital Ministro Costa Cavalcanti e no hospital da Unimed de Foz do Iguaçu.

Inserção de DIU

A busca das mulheres por métodos contraceptivos alternativos à pílula anticoncepcional tem sido cada vez maior. Fatores relacionados ao risco de trombose e ganho de peso são os principais motivos para esta busca. Uma alternativa ao uso das pílulas é a inserção dentro do útero de um dispositivo de plástico flexível moldado em forma de T chamado popularmente de DIU (dispositivo Intra-uterino) ou AIU (anticonceptivo intrauterino).

O DIU é introduzido no útero para impedir a gravidez e foi criado na década de 60, logo após o advento da pílula anticoncepcional. Este método tem sido aperfeiçoado ao longo dos anos, tanto no que diz respeito ao formato quanto à composição, sendo considerado um método extremamente eficaz, reversível e de longo prazo.

O DIU mais conhecido no Brasil é o de cobre também chamado de DIU não  hormonal, mas também existe o DIU medicado ou DIU hormonal, onde pequenas quantidades de hormônio são liberadas diariamente. O DIU medicado é tornou-se popular pelo seu nome comercial, Mirena® ou SIU (Sistema Intra-uterino) liberador de levonorgestrel.

MODELOS:

DIU não medicado:

A diferença de um DIU do outro está na composição da capa protetora que envolve a(as) haste(s) e o formato do DIU. No DIU não medicado, o cobre é o principal componente, podendo estar isolado com combinado com a prata.

O primeiro, DIU T cobre 380, possui o formato tradicional em “T”, com hastes revestidas com cobre e indicado para quem já teve filhos, e possui durabilidade de 10 anos. Paciente que nunca tiveram filhos indicamos um DIU menor (DIU mini 375), com formato “curvado” projetado para ocupar menos espaço dentro do útero, reduzindo os riscos do dispositivo sair do lugar, eficaz por 5 anos.

Mais recentemente foi lançado no Brasil o DIU de cobre e prata (Andalan Silverflex). Este DIU tem formato, em “Y”, com um núcleo de prata no fio de cobre que envolve a haste vertical do DIU, o que diminui consideravelmente os riscos de oxidação do produto, tornando seu uso ainda mais eficaz e minimizando possíveis efeitos colaterais, como o aumento das cólicas, e mantendo o fluxo menstrual da usuária. Além destes benefícios, o formato em Y, com a junção das hastes horizontais com a vertical, forma uma porção curva que impede uma colocação demasiadamente profunda, tornado a inserção do dispositivo mais segura, somado ao fato de que a inserção é mais tranquila, já que o aplicador é mais fino, quando comparado ao DIU T de cobre 380.

DIU não medicado (DIU Hormonal):

DIU hormonal ou DIU Mirena possui  formato em “Y” e contém um hormônio, o levonorgestrel, que vai sendo liberado no útero após a sua inserção. Este tipo de DIU confere uma proteção por um período de até 5 anos.

Como funciona o DIU

Os DIUs medicados ou não, alteram as características biológicas e químicas do tecido que reveste o interior do útero, chamado de endométrio, e impedem a gravidez. O DIU de cobre funciona impedindo que o ovo se fixe no útero e diminuindo a eficácia dos espermatozoides através da ação do cobre, perturbando a fecundação.

Já o DIU hormonal, por ação do hormônio, impede o desenvolvimento do endométrio e, com isto, a fixação do ovo no útero. Ele também espessa o muco cervical de modo a formar uma espécie de tampão que impede a entrada dos espermatozoides e a posterior fecundação.

Qual DIU devo usar?

Ambos os DIUs mantêm os ciclos hormonais da mulher, já que a ação contraceptiva ocorre diretamente no útero. O método de cobre no entanto, mantém a menstruação enquanto o hormonal reduz o fluxo menstrual ou até mesmo o interrompe.

Essas características costumam determinar qual o tipo de dispositivo mais adequado para cada paciente.

O DIU de cobre provoca aumento do fluxo menstrual, e eventualmente cólica. Portanto, mulheres que já tenham fluxo menstrual aumentado, anemia e/ou cólica/dor, devem evitar usá-lo. O DIU com hormônio, ao contrário, reduz o fluxo menstrual. Portanto pode ser uma boa opção para mulheres com fluxo aumentado, anemia ou cólica.

Complicações

Entre as principais  complicações possíveis, o dispositivo de cobre pode gerar maior perda sanguínea, além da cólica menstrual e da anemia já relatados.

O DIU hormonal pode aumentar a ocorrência de acne e oleosidade da pele.

Uma temida complicação do DIU é a infertilidade. Devemos esclarecer que o DIU não causa infertilidade. No entanto, em situações de infecção genital, ele pode dificultar o tratamento.  O que provoca a infertilidade é a persistência da infecção. Dessa forma, é preciso aumentar o cuidado para evitar situações de risco para o surgimento de infecções.

O receio de infecção era um dos grandes motivos pela não indicação do DIU para pacientes que nunca tiveram filhos (nuligestas). Entretanto, trabalhos recentes mostram que a taxa de infecção em nuligestas é semelhante à de mulheres que já pariram.

Eficácia

O DIU apresenta uma eficácia igual ou superior a 99% e pode permanecer no útero entre 5 a 10 anos.

Inserção do DIU

Ele só pode ser colocado e removido pelo ginecologista, e embora possa começar a usar em qualquer momento do ciclo menstrual, deve ser colocado, preferencialmente, nos 12 primeiros dias do ciclo.

Principais vantagens dos DIUs de cobre

  • livre de hormônio;
  • não causa trombose ou AVC, possíveis efeitos colaterais de usuários de pílula;
  • Eficácia: 99,4% (superior à pílula);
  • Praticidade: uma vez inserido, a mulher não precisa se preocupar em tomar a pílula regularmente, por exemplo;
  • Pode ser usado na lactação, por pessoas com hipertensão, trombose e tabagismo; não causa trombose ou AVC, possíveis efeitos colaterais de usuários de pílula;
  • Custo-benefício: o valor de um DIU. É gasto apenas uma vez, de acordo com a durabilidade do modelo escolhido (5 a 10 anos), sem necessidade de um custo mensal;
  • Fácil manutenção;
  • Altas taxas de continuidade – as melhores entre todos os métodos
  • Método reversível, com retorno rápido à fertilidade, quase que imediatamente;
  • Indicado para mulheres de todas as idades, com diferentes particularidades de útero (tamanho, se já teve filhos ou não, etc.); 
  • Não interfere nas relações sexuais e nem diminui a libido;
  • Indicado para mulheres que não se adaptam ao uso de estrogênio;
  • Sem efeitos sistêmicos – ação só intrauterina

Principais desvantagens dos DIUs de cobre:

  • Pode aumentar o fluxo menstrual – fato observado principalmente nos três primeiros meses de uso
  • Podem aumentar as cólicas menstruais – especialmente em mulheres sem filhos
  • Não podem ser utilizados em portadoras de endometriose
  • Não podem ser utilizadas em portadoras de doença inflamatória pélvica aguda ou crônica
  • Não podem ser utilizados em portadoras de DST (doenças sexualmente transmissíveis), inclusive AIDS
  • Não protegem contra DST
  • Aparecimento de anemia devido às menstruações mais longas e abundantes que o DIU de cobre pode provocar
  • Risco de infeção do útero
  • Se ocorrer uma infecção por transmissão sexual, há maior probabilidade dela evoluir para uma doença mais grave, a doença inflamatória pélvica
  • Maior risco de gravidez ectópica

Possíveis efeitos colaterais

Alguns dos efeitos colaterais deste método contraceptivo incluem:

  • Dores ou contrações uterinas, mais frequentes nas mulheres que nunca tiveram filhos;
  • Pequena hemorragia logo após a colocação do DIU;
  • Desmaio;
  • Corrimento vaginal.

O DIU de cobre também pode provocar o aparecimento de menstruações mais longas, com maior hemorragia e mais dolorosas, apenas em algumas mulheres, principalmente nos primeiros meses após a inserção do DIU.

O DIU hormonal, além destes efeitos colaterais também pode provocar redução do fluxo menstrual ou ausência de menstruação ou pequenas saídas de sangue menstrual, chamadas de spotting, espinhas, cefaleias, dor e tensão mamária, retenção de líquidos, cistos do ovário e aumento de peso.

Quando ir ao médico

É importante que a mulher fique atenta e vá ao médico caso surja algum destes sinais:

  • Não sente ou não vê os fios guia do DIU;
  • Aparecem sintomas como febre ou calafrios;
  • Inchaço na região genital;
  • Fluxo vaginal aumentado;
  • Sangramentos fora do período menstrual;
  • Cólicas abdominais fortes;
  • Dor ou sangramento durante relações sexuais.

Caso surja algum destes sinais é importante consultar o ginecologista para avaliar o posicionamento do DIU e tomar as medidas necessárias.